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Nossa História

INTRODUÇÃO

Por volta dos século XV ao século XVII, viveram índios com avançados conhecimentos em cerâmica. Já em de 1880, se deu o surgimento da Varzea dos Creolos, formada principalmente por escravos fugidos das fazendas da região. O local era ponto de passagem para garimpeiros, nobres como Dona Beija e romeiros. No início do século XX a várzea se tornou um povoado, pertencendo ao Distrito de Santa Juliana que fazia parte do município de Araxá. Em 1948 se tornou Distrito de Santa Juliana, passando a se chamar Pedrinópolis por homenagem ao Coronel Pedro Rodrigues, popularmente chamado de Pedrinho. Essa homenagem deveu-se ao fato de tanto ele, quanto sua família serem populares na região, já que tinham bons tratos com os escravos. No mesmo ano Santa Juliana se tornara município. Em 1963 Pedrinópolis é elevado à categoria de município.

No início dos anos 80, uma leva de imigrantes do sul do Brasil vieram desbravar a região. Com novos conhecimentos em agricultura de cereais (soja e milho), impulsionaram o desenvolvimento agrário na região, que até então se baseava somente na cultura do café, arroz e bovinos. No final dos anos 90, com o aperfeiçoamento tecnológico, e devido sua privilegiada localização, outra diversificação foi acrescentada, os hortifrútis irrigados. Atualmente têm-se começado introduzir na região o cultivo de cana-de-açúcar para produção industrial de álcool e açúcar. Esses últimos pontos foram marcantes para embasar a economia do município ao agronegócio.

CULTURA

O Município de Pedrinópolis é conhecido por sua rica, diversa e pulsante cultura. Destaca-se entre as cidades vizinhas pela harmonia entre seus habitantes e singular acolhimento dado por eles aos que visitam o município. Faz parte do calendário cultural do lugar festas, como as tradicionais Festa de Julho (em honra ao padroeiro, São Sebastião), Festa do Peão (realizada no parque de exposições José Juvêncio, o Zé Tião), Festas de Reis e Cavalgadas. O circuito de comidas e bebidas, com quitandeiras famosas e alambiques preciosos, é movimentado com festivais como o de Pratos Típicos, concomitante às Festas do Peão, e filantrópicos, como o Porco no Rolete, organizado pelo Rotary Club municipal. Campeonatos, de futebol de campo e society, integram a cidade em times amadores formados por grupos de amigos. Músicas, danças e segredos (muitos já revelados) também fazem de Pedrinópolis uma preciosidade do berço do Triângulo Mineiro. Durante a semana grupos se revezam nos tradicionais e badalados happy hours, como Segunda Feliz, Terça Gorda, Terça Caipira, Amigos da Quarta, Quarta Rural, Quinta Magra, Quinta Feliz, Quinta Sertaneja, Grupo da Alegria (Melhor Idade), às sextas, além de Avec 40, Jipão e Clube dos 20 aos domingos. Aos sábados, a alegria fica por conta dos animados encontros na Praça, com bares, lanchonetes e boate.

ARQUEOLOGIA

O solo de Pedrinópolis esconde tesouros arqueológicos que estavam adormecidos há milhares de anos sob camadas de terra. Isso é o que conta a equipe de arqueólogos da Universidade de São Paulo (USP) que está debruçada sobre os sítios arqueológicos da região. As descobertas estão sendo realizadas em Pedrinópolis e em Perdizes.

Peças de cerâmica e utilitários de pedra estão entre os achados e, segundo os pesquisadores, datam, em sua maioria, em quase dois mil anos atrás. As pesquisas arqueológicas integram o projeto acadêmico “Quebra-Anzol-Mg” realizado pela equipe do Museu de Arqueologia e Etimologia (MAE) da USP.

A equipe é coordenada pela Professora Doutora Márcia Angelina Alves, e conta também com mestrandos e doutorandos, além de estudantes de História da própria universidade. Segundo Amanda Elias, ex-secretária de Cultura, e então responsável pelas pesquisas em Pedrinópolis, são buscadas informações sobre agricultores-ceramistas e caçadores-coletores que viveram há séculos na região sudeste.

As pesquisas incluem também, segundo Amanda, a revelação de modos de vida durante os períodos da Pedra Lascada e Pedra Polida, períodos ainda mais antigos. As primeiras descobertas foram feitas em Perdizes, durante a década de 1980, e em Pedrinópolis já no ano de 2000. Em ambas as cidades, as revelações continuam sendo feitas. Além de contarem a história das localidades de onde elas se encontram, os achados também ajudam a montar a história da região Sudeste, Centro Oeste e também do Brasil.

De acordo com a professora Márcia Angelina, que é livre-docente em Arqueologia brasileira, o foco das pesquisas é encontrar aldeias indígenas, cujas datações nos levam de 400 a 1500 anos antes do descobrimento do Brasil, até meados do século XIX.

O Museu Municipal de Arqueologia Maria Adelaide ainda está em processo de catalogação das peças, e as visitas, por enquanto, são restritas para estudantes e professores.

Para Allba Lemos, funcionária pública municipal, as descobertas geram uma curiosidade sobre a pré-história da região. Allba explica que ficou surpresa ao saber que as peças descobertas no município contavam com um valor histórico tão grande. “Não é todo dia que peças históricas, como as que foram achadas, aparecem na nossa cidade. As descobertas são um resgate de nossa história, que, como estamos vendo, é antiga. Estou ansiosa para ver todas as peças em exposição.”